Select Page

3 roubos de Arte que ficaram para a História

A 18 de maio celebra-se o Dia dos Museus, data dedicada aos cofres sagrados que nos contam um bocadinho da nossa cultura. No entanto, esses cofres nem sempre são impenetráveis.

Este pode parecer um artigo para os amantes do Canal HISTÓRIA, no entanto, o mundo da Arte tem sido palco de crimes notáveis ao longo dos anos. Desde o roubo do famoso quadro de Edvard Munch O Grito; a grandes obras de arte que foram deixadas em casas de banho públicas; grandes coleções que nunca mais foram vistas; e ainda o roubo do retrato de Jacob de Gheyn III, pintado por Rembrandt, que foi roubado pelo menos três vezes, num insólito caso rotulado como o “Takeaway Rembrandt”.

No dia 18 de maio, o AMC CRIME, preparou-te o Especial: A Arte de Roubar Arte, com a transmissão das séries Ladrões de Arte e O Homem que Roubou “o Grito”, para desvendares os segredos por detrás das mentes criminosas que fizeram o mundo questionar: O que pode levar alguém a roubar um quadro tão famoso? Até lá, vamos contar a história de três roubos que captaram a atenção do público pelo grande valor das peças roubadas, mas também pela peculiaridade dos furtos.

O início da fama de Mona Lisa (1911)

O que pode surpreender alguns é que, antes de 1911, poucos se preocupavam com um dos quadros mais famosos de Leonardo da Vinci, a Mona Lisa. No entanto, Vincenzo Peruggia, um pequeno criminoso italiano que trabalhava como faz-tudo no Louvre, veio mudar isso. A 21 de agosto de 1911, Peruggia conseguiu enganar a segurança do museu, retirar o retrato do seu invólucro e escondê-lo debaixo do casaco, antes de sair do edifício.

Porém, antes que penses que o intuito por detrás deste crime foi meramente ganancioso, pensa duas vezes. Na verdade, Peruggia acreditava que estava a fazer justiça, uma vez que pensava que Napoleão Bonaparte tinha roubado o quadro de terras italianas e o trazido para França.

Acreditando que estava a ajudar no repatriamento cultural italiano, Peruggia guardou a Mona Lisa no seu apartamento até 1913, sem saber que Leonardo da Vinci afinal tinha estado a trabalhar na pintura em França e que, após a sua morte, em 1519, o Rei Francisco I a comprou.

Todo este crime poderia talvez nunca ter sido descoberto se Peruggia não tivesse tentado vender a pintura e ter sido, por fim, apanhado. A Mona Lisa foi entregue ao Louvre em 1914, onde continua a atrair cerca de 30 mil visitantes por dia para admirar o seu sorriso enigmático.

O famoso “Skylight Caper” (1972)

Na madrugada de segunda-feira, 4 de setembro de 1972, ocorreu um dos roubos de arte mais audaciosos no Museu de Belas Artes de Montreal. O assalto foi meticulosamente planeado e até obrigou os assaltantes a usar picaretas nas botas para escalarem o edifício. Desta forma, os ladrões conseguiram iludir as medidas de segurança avançadas do museu e fugir com os objetos roubados sem deixar muitas provas.

Uma vez lá dentro, roubaram um total de 18 pinturas e 38 peças de joalharia. As obras de arte roubadas incluíam obras-primas de artistas de renome, como Rembrandt, Picasso e Degas. Apenas uma pintura e um pendente foram recuperados desde então, tendo ambos sido devolvidos à polícia. O valor total do roubo em 1972 foi estimado em quase dois milhões de euros, aumentando para 20 milhões em 1992. O caso continua sem solução, permanecendo o roubo mais valioso da história do Canadá.

“Loovre” ou Louvre (2003)

Parece que não, mas leste bem: este não se trata de um roubo ao Louvre, mas sim de um famoso assalto à Galeria de Arte Whitworth, em Manchester, Inglaterra, recordado não pelas obras roubadas ou pelo drama que as envolveu, mas pela bizarra conclusão do roubo.

Em 2003, a Galeria de Arte Whitworth foi invadida por ladrões que conseguiram entrar no museu e roubar pinturas de Paul Gauguin, Pablo Picasso e Vincent van Gogh. Os criminosos colocaram as pinturas num tubo de cartão, que depois deixaram numa casa de banho, não com muito bom aspeto, a cerca de 150 metros do Whitworth. A imprensa, não ficando indiferente a todo este aparato, apelidou essa mesma casa de banho de “Loovre”.

Os ladrões deixaram uma mensagem dizendo que apenas queriam chamar a atenção para a má segurança da galeria. As obras, avaliadas em quatro milhões de euros na época, sofreram danos mínimos e foram rapidamente expostas novamente. Até hoje, os autores do roubo permanecem desconhecidos.

Não percas!

Para ficares a saber mais sobre alguns dos roubos mais mediáticos, não percas, no dia 18 de maio, sábado, Dia dos Museus, o Especial: A Arte de Roubar Arte, só no AMC CRIME. Explora também outros temas no nosso blogue e passa pelos nossos canais.