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As seitas mais perigosas do mundo

Estas são três das seitas que, pela sua organização, sistema de recrutamento, fama ou qualquer outra característica, se tornaram particularmente conhecidas. Todas elas continuam ainda em atividade.

 

MENINOS DE DEUS

 

Fundada em: 1968, Califórnia (EUA)

Fundador: David Brandt Berg

 

Esta seita, fundada por David Brandt Berg nos finais dos anos 60, na Califórnia, é considerada uma seita destrutiva e consta do Relatório Cottrell, um parecer aprovado pelo Parlamento Europeu no qual se fala do perigo de determinados novos movimentos religiosos e seitas destrutivas. O seu fundador, conhecido por vários nomes como Padre David, Moisés David, Mo ou Rei Pai, pregava a palavra de Deus, argumentando que tínhamos de amá-lo como a nós mesmos.

 

A seita sempre girou em torno do sexo e, no final dos anos 70, descobriu-se que levava a cabo práticas sexuais ilegais tais como a promoção da prostituição (mandavam as fiéis prostituir-se para ganhar dinheiro e conseguir seguidores), o incesto e a pedofilia. Uma das afirmações de David Brandt era que “embora o Sistema não seja visto com bons olhos, o sexo com crianças está incluído na Lei de Deus, a Lei do Amor”. Além disso, as suas mensagens eram de teor apocalíptico. Utilizava os seus escritos (escreveu mais de três mil) para espalhar a sua mensagem e dar instruções aos seus seguidores por todo o mundo.

 

A sua expansão deu-se a nível mundial, tendo conseguido milhares de seguidores em diversos países.

 

David morreu em 1994, mas isso não impediu que a atividade da seita continuasse. Mudou várias vezes de nome desde a sua fundação, denominando-se de “A Família do Amor”, “A Família” ou “A Família Internacional”, a sua designação atual.

 

Estima-se que atualmente tenha entre 15 a 30 mil seguidores.

 

Se queres conhecer mais acerca desta seita, a sua atividade e todos os detalhes envolventes, não percas “Meninos de Deus” na nova série Crenças Extremas, dia 19 às 22h25.

 

 

DOZE TRIBOS

 

Fundada em: 1972, Tennessee (EUA)

Fundador: Elbert “Gene” Spriggs

 

É uma seita que possui atualmente sedes no mundo inteiro. Estima-se que as Doze Tribos tenham atualmente entre três e 14 mil seguidores. As suas práticas centram-se sempre em tentar viver tal e qual como os cristãos do Séc. I, uma vida baseada no Levítico (um dos livros do Antigo Testamento). Segundo a sua doutrina, estão à espera que chegue o Messias.

 

Costumam gerir lojas denominadas “Common Sense” (senso comum), nas quais vendem os produtos que manufaturam. Uma das críticas mais comuns a esta seita é a falta de escolaridade das suas crianças, que educam dentro dos limites das suas comunidades. Além disso, antigos membros afirmam que as mulheres são totalmente submissas aos homens e receberam denúncias por parte de antigos membros por maus-tratos infantis.

 

O site “Daily Beast” publicou uma entrevista a um antigo membro que alegou ter sido espancado 20 a 30 vezes ao dia.

 

Se queres conhecer mais acerca desta seita, a sua atividade e todos os detalhes envolventes, não percas “Doze Tribos” na nova série Crenças Extremas, dia 22 às 22h25.

 

 

REFÚGIO DA UNIFICAÇÃO E DA PAZ MUNDIAL

 

Fundada em: 1954, Seúl (Coreia do Sul)

Fundador: Sun Myung Moon

 

Conhecida como “Seita Moon”, é atualmente uma das seitas mais conhecidas do mundo. O que a tornou tão famosa foi a celebração anual de casamentos em massa, nos quais milhares de seguidores se casam ao mesmo tempo, batendo recordes.

 

Foi Sun Myung Moon quem fundou a Igreja da Unificação (um dos muitos nomes pelos quais é conhecida), em 1954, na Coreia do Sul. Segundo a sua doutrina, compilada no livro “O Princípio Divino” – que diz ser o Terceiro Testamento, – o seu fundador teve um encontro com Jesus, no qual Jesus lhe terá incumbido de continuar a sua missão, missão que fora interrompida pela sua inesperada morte na cruz.

 

Desde a sua criação, o seu crescimento em todo o mundo tem sido imparável, chegando a reunir milhões de pessoas em discursos públicos na Coreia do Sul ou nos Estados Unidos. Tanto foi o poder alcançado que estabeleceu a sua sede no hotel New Yorker de Manhattan (Nova Iorque).

 

Segundo os especialistas, devido aos métodos de recrutamento e afiliação utilizados pela Seita Moon, pode ser considerada uma “seita destrutiva”. Os seus membros são recrutados em plena rua. Convidam transeuntes a irem a residências onde podem ficar durante dias. Lá, ouvem conversas contínuas e, através do jejum e da privação de sono, fazem com que o indivíduo acabe por cair nas suas redes. O seu poder de recrutamento é tão forte que um espião infiltrado que fazia parte de uma investigação levada a cabo pelo Governo coreano acabou por juntar-se à Igreja.

 

Sun Myung Moon morreu em 2012 e a sua mulher assumiu a sua posição daí para a frente. Continuam em atividade hoje em dia e desconhece-se o número real de seguidores, que oscila desde as centenas de milhares aos três milhões.

 

Se queres conhecer mais acerca desta seita, a sua atividade e todos os detalhes envolventes, não percas “Igreja da Unificação” na nova série Crenças Extremas, dia 21 às 22h25.