Select Page

Na mente da vítima: Sobreviver à violência extrema

Existem numerosos estudos que analisam a mente e os comportamentos dos assassinos, mas menos de 30 foram utilizados para descobrir e analisar o ponto de vista da vítima.

Vários especialistas consideram o medo à violência entre pessoas como uma fobia inerente a todos o ser humano. Isto explicaria que a razão pela qual o nosso cérebro está preparado para enfrentar situações de violência extrema como uma tentativa de homicídio.

O CÉREBRO CONTRA O ATAQUE

Diferentes mecanismos de defesa são ativados quando se sofre um ataque violento, seja uma tentativa de homicídio, um sequestro ou uma violação. Entre eles:

  • Fuga
  • Confronto
  • Paralisia
  • Pedido de auxilio

Estudos realizados a sobreviventes de ataques de violência extrema demonstram que estes desenvolvem transtornos de stress pós-traumático (TEPT), que por sua vez podem desencadear outros problemas futuros.

Segundo explica ao jornal La Nación, a psicóloga Birgit Pfitzer “existem evidências de que as situações traumáticas de violência acarretam problemas de saúde posteriores: as vítimas vão mais frequentemente a consultas médicas, realizam mais cirurgias e têm maior número de sintomas somáticos. Não se pode medir até que ponto estas condições são orgânicas, mas os dados são suficientemente relevantes para tê-los em conta.

EFEITOS NEGATIVOS

Está demonstrado que sofrer mais do que um ataque violento produz um efeito acumulativo no cérebro. A vítima sobrevivente pode sofrer condições como debilitação do sistema imunitário, desenvolver fobias e paranoias, assim como reações próprias do TEPT: ansiedade, ira, raiva, vergonha, medo, depressão, problemas em conciliar o sono e sonhos recorrentes de momentos trágicos vividos.

victima

Se a situação ocorreu em ambiente conhecido, a vítima pode perder a referência de segurança que este oferece e adquirir a sensação de inseguridade e desconfiança dentro da sua própria casa, rua ou bairro.

Estes efeitos costumam superar-se num período entre 30 dias e alguns meses desde o ataque. Se se prologam mais tempo ou são muito intensos, devem ser tratados por um especialista.