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O Pesadelo dos Brinquedos: o Caso Larry Wells

Aviso: Este artigo contém informações sensíveis de crimes reais.

Era a madrugada tranquila de 29 de junho de 2013 quando o eco assombroso de uma chamada de emergência às 5:47 da manhã quebrou a quietude dos corredores da Toys R Us em Hamburgo, Nova Iorque. A chamada arrepiante revelava uma história sombria: Larry Wells, o adorado gerente assistente, jazia no chão acompanhado de uma poça de sangue, preparando o terreno para um mistério angustiante que iria envolver a loja de brinquedos.

Quando a polícia de Hamburgo chegou ao local, o assassino já tinha escapado para as sombras, deixando para trás uma cena de crime que contava com um conjunto de brinquedos para sempre manchados. Larry Wells, um homem de família dedicado, teve um fim trágico no local que mais apreciava – o paraíso dos brinquedos, a sua segunda casa.

As imagens de vigilância, vieram pintar uma tela enigmática. No gabinete do gerente, um boné preto e castanho dos Florida Gators deixado para trás, oferecia às autoridades uma pista sobre o eventual autor do crime. A polícia, sedenta de respostas, enviou-o para testes, na esperança de que revelasse o rosto do impiedoso agressor.

As imagens de vigilância

A narrativa desenrolou-se com uma dança sinistra pelos corredores da loja. Larry e os seus colegas chegaram por volta das quatro da manhã para fazer o inventário e abastecer as prateleiras. Tinham trancado as portas quando entraram, mas por volta das cinco da manhã, descobriram que uma das portas estava destrancada.

A loja tinha um vasto sistema de câmaras de vigilância (DVR). O DVR estava localizado no escritório do Larry, no entanto, tinha sido desligado, mas a polícia mantinha a esperança de que algo tivesse sido captado pelas câmaras.

A polícia procurou saber porque é que a porta da frente tinha sido deixada destrancada. Ao analisar as imagens, a polícia deparou-se com uma figura que aparecia perto da porta da frente, no entanto, o vídeo não tinha qualidade suficiente para identificá-la.

Depois de uma análise mais profunda, às imagens recolhidas, a figura é vista a “serpentear” pelos corredores, com roupa escura, calças de fato de treino escuras com letras numa perna, o chapéu dos Florida Gators e um lenço sobre o rosto.

Às 4:39 da manhã, o DVR foi desligado. A figura tinha entrado no escritório e fechado a porta. Mais tarde, foi determinado que Larry tinha entrado pouco depois de o DVR ter sido desligado. O cabo do DVR foi recolhido e enviado para análise.

A procura do assassino

O ADN tornou-se a chave elusiva para desvendar a verdade. O misterioso código genético no boné e no cabo do DVR recusava-se a revelar os seus segredos, uma presença fantasma que não se encontrava em nenhuma base de dados da polícia. Sem se deixarem intimidar, os investigadores mergulharam na lista de antigos e atuais empregados da Toys R Us, lançando uma rede de suspeitas sobre aqueles que tinham passado pelos mesmos corredores que Larry.

O FBI, chamado a traçar um perfil psicológico do enigmático assassino, acrescentou mais uma camada ao drama que se estava a desenrolar. Surgiu um potencial suspeito – um ex-condenado recentemente libertado com um historial ligado à Toys R Us. Foi enviada uma equipa para obter o ADN desta pessoa. A polícia seguiu-o até Buffalo, Nova Iorque. Visto a atirar um cigarro pela janela de um carro, o ADN foi recolhido e enviado para análise. No entanto, não coincidiu e foi excluído.

No meio do labirinto de pistas falsas, um suposto colega surgiu como um potencial antagonista. Bernie Gruzca, o diretor regional de prevenção de perdas, levantou suspeitas devido à sua resistência em fornecer uma amostra de ADN. À medida que a rede se apertava, os álibis de Bernie desfaziam-se e as suspeitas intensificavam-se.

O infiltrado no meio dos brinquedos

Um encontro casual em casa do pai de Bernie revelou um pormenor comprometedor: um autocolante dos Florida Gators no carro. À medida que as provas se acumulavam contra ele, a barreira defensiva de Bernie desfez-se. A polícia, munida de pistas, desvendou uma teia de enganos. Bernie, afinal, não era apenas um simples trabalhador de brinquedos, mas um ladrão que roubava os brinquedos da Toys R Us para, mais tarde, os vender no eBay.

Numa confissão chocante, Bernie revelou a terrível verdade por detrás daquela noite fatídica. Uma trama sinistra para roubar o cofre da loja foi revelada e Larry, o guardião do reino dos brinquedos, tornou-se o peão sacrificado, pagando o preço final por defender o seu querido mundo.

O drama do tribunal que se seguiu viu Bernie Gruzca, o outrora fiel diretor regional de prevenção de perdas, declarar-se culpado de homicídio em primeiro grau. Uma sentença de 25 anos de prisão e cinco anos de liberdade condicional marcaram o fim de um drama arrepiante – um homicídio que deixou em choque a comunidade dos brinquedos, deixando para trás ecos persistentes de uma loja outrora inocente, agora manchada de sangue.

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