“Dominó”, um podcast AMC Crime, já conta com três temporadas e continua a sua viagem por alguns dos crimes portugueses mais misteriosos e fascinantes. Descubra três casos que abalaram a sociedade portuguesa e que são retratados, sem filtros, neste podcast.
A história portuguesa está repleta de crimes intrigantes e muitos deles permanecem desconhecidos. Alguns estão rodeados de mistério e impactam a sociedade portuguesa ao ponto de mudar o rumo do país. A monarquia portuguesa, por exemplo, foi derrubada com um atentado ao rei.
Ao longo dos anos, esses eventos não só instigam a nossa curiosidade como também moldam profundamente a história e a identidade nacional. Através do podcast ‘Dominó’, mergulhamos nesses enigmas, revelando detalhes ocultos e explorando como estes acontecimentos definiram e redefiniram o nosso destino coletivo. Cada episódio é uma viagem ao passado, com cada crime a desvendar mais do que um simples mistério.
Prepara-te para descobrir três crimes retratados no podcast “Dominó” que não só permanecem envoltos em mistério, como também tiveram um impacto significativo na sociedade portuguesa.
A Misteriosa Morte de Carlos Burnay
A primeira temporada do “Dominó” abre com um caso que ainda hoje suscita dúvidas e teorias: a misteriosa morte de Carlos Burnay. A 18 de maio de 1952, o corpo de Burnay, um preeminente empresário e figura controversa, foi encontrado sem vida. Embora a versão oficial aponte para suicídio, muitos acreditam que ele tenha sido assassinado, possivelmente para proteger segredos políticos durante o regime de Salazar. Este episódio mergulha nas circunstâncias obscuras que envolveram o caso, desde a sua suposta queda acidental até às suspeitas de encobrimento por parte do governo.
O fascínio em torno da morte de Carlos Burnay reside nos múltiplos enigmas que a cercam. Documentos desaparecidos, testemunhas silenciadas e a rapidez com que o caso foi encerrado deixam espaço para especulações. “Dominó” explora essas questões, assim como a tese mais plausível – este terá sido assassinado por causa da sua homossexualidade, um crime tão grave no Estado Novo que nem um membro de uma das famílias mais influentes em Portugal conseguiu resistir.
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O Assalto ao Banco de Portugal
Em 1967, Figueira da Foz foi palco de um dos assaltos mais audaciosos e bem-sucedidos da história criminal portuguesa: o roubo ao Banco de Portugal. Um grupo de cinco criminosos entraram na Figueira da Foz num Taunus 17M. Um ficou no carro e os outros quatro entraram no banco, armados, esvaziando os cofres, um a um. Este golpe não só chocou o país pela sua ousadia como também pela precisão e planeamento envolvido, dado que todos conseguiram sair do país. “Dominó” revisita este crime, no segundo episódio da segunda temporada, explorando os detalhes da operação e os esforços policiais para capturar os responsáveis.
Porém a história deste assalto tem um impacto mais profundo. Todos os participantes tinham um historial de ter participado em ações contra o regime salazarista. Camilo Mortágua, uma das figuras-chave do plano, esteve envolvido no desvio de um avião da TAP que espalhou milhares de folhetos antifascistas por Lisboa e Alentejo. O próprio terá proferido antes do assalto: “mesmo que a vida acabe ali, temos de ir buscar o dinheiro para fazer a revolução”
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No quarto episódio da primeira temporada, aborda-se um dos crimes portugueses mais chocantes e mediáticos do século: os crimes na Casa Pia. Este escândalo envolveu um extenso esquema de abusos sexuais cometidos contra menores sob a tutela da instituição Casa Pia, uma das mais antigas de Portugal. A revelação destes crimes, que ocorreram ao longo de várias décadas, abalou profundamente a sociedade portuguesa e levantou questões sobre o papel das instituições na proteção dos mais vulneráveis.
“Dominó” explora a complexidade deste caso, desde as primeiras denúncias até aos julgamentos mediáticos que se seguiram. A série procura compreender como foi possível que tais abusos ocorressem durante tanto tempo sem serem devidamente investigados. Este episódio é uma oportunidade para refletir sobre a importância de vigilância e transparência nas instituições que têm o dever de proteger as crianças e jovens.
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Disponível em todas as plataformas digitais, este podcast conta com a participação de convidados e especialistas – tais como advogados, jornalistas e personalidades portuguesas – de forma a que seja possível compreender o “efeito dominó” causado por cada crime e como se chegou à verdade.
Não percas!
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