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Entrevista a Colin Morgan (Leo Elster)

Colin Morgan, Leo Elster em HUMANS, fala-nos da rivalidade entre synths e humanos e do papel da consciência na série.

  • Fala-nos sobre HUMANS.

HUMANS é principalmente sobre o que é ser humano, é esse o tema da série. Não lida com o elemento de ficção científica da inteligencia artificial, mas sobre como esta se reflete em nós enquanto humanos. Como reagimos quando de repente somos enfrentados com a hipótese de deixarmos de estar o topo da cadeia alimentar? Como é que isso nos faz sentir? Isso faz de nós livres? Quando aparece algo que nos pode ultrapassar, sentimos-nos redundantes, deixamos de sentir que merecemos os trabalhos que é suposto fazermos, ou o futuro que esperavamos para nós mesmos.

A série confronta esse aspeto e coloca-o sob diferentes circuntâncias.

  • Podes falar-nos um pouco mais de Leo?

Leo é um homem numa missão, um homem que é perseguido, assombrado e determinado em conseguir as respostas às dúvidas que o assaltam. Precisa de perceber quem é, o seu lugar no mundo e a razão para a sua existência, e é isso que o conduz ao longo da série.

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  • Achas que há tensão entre humanos e synths?

O conflito entre homens e e synths é muito tenso. Acho que há muitas dúvidas de ambos os lados. Há aqueles que acreditam piamente que os humanos têm o seu lugar no mundo e que não vêm o porquê de criar uma coisa que vai competir com eles, há até uma organização na série chamada ‘We Are People’ que defente essa opinião. Por outro lado, há os que são pro-synthetics, não pelos synths em si, mas que defendem a ideia e vêm o seu valor. No entanto, acho que mesmo esses têm algumas dúvidas. Não tenho a certeza se alguém está totalmente do lado dos synthetics. Surjem muitas questões, porque dar vida a algo vem com uma grande responsabilidade.

O que é consciência?

Acho que em HUMANS perguntamos o que é a consciencia, porque normalmente vemos-nos como uma autoridade no assunto. Mas ao criar uma nova tecnologia, um novo formarto, é um pouco presunçoso acharmos que a nossa é a forma correta de agir para a nossa criação. Por isso acho que se este nível de consciência foi atríbuido a uma máquina, teria de ser capaz de desenvolver-se a si mesma, traçar o seu caminho e ter a sua própria forma de analisar, aceitar e amar. Essencialmente o que esta série pergunta é: e se os synths atingem esse nível de independência? O que significaria isso para os humanos?

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  • Como tem sido fazer parte de HUMANS?

Temos muita sorte em HUMANS porque desde o início que temos tido um guião fantástico para trabalhar. E depois veio uma equipa e elenco que trabalhou em conjunto para moldá-los e torná-los numa excelente série.

Podemos trabalhar em algo que é tão emocionante, vibrante e diferente. Tivemos em sítios fantásticos, partes de Londres em que nunca tinha estado antes e fomos muito desafiados em termos emocionais e técnicos pelos guionistas. Todas as equipas trabalharam muito juntas e acho que isso é algo de que nos vamos orgulhar muito. Acho que HUMANS é um programa muito especial e acho que nunca foi feito nada assim em televisão antes.

>> Vê também a entrevista a Emily Berrington, que tem o papel de Niska.

HUMANS | Novos episódios todas as segundas às 22:30.