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Entrevista a William Hurt (George Millican)

Willian Hurt, George Millican em HUMANS, fala-nos sobre a relação da sua personagem com Odi e sobre desempenhar o papel de pioneiro em Inteligência Artificial.

  • Qual a história de George?

George é um cientista reformado, um engenheiro, que trabalhou no desenvolvimento dos primeiros robôs. A sua função era fazer o corpo obedecer às ordens do computador. Quando se reformou, ficou a viver com a mulher até esta morrer. Passa a viver então com um robô doméstico de primeira geração chamado Odi (Will Tudor). Entretanto, George tem um pequeno AVC, que o faz perder algumas memórias que tinha da mulher, por quem era profundamente apaixonado. Odi acaba por se tornar no armazém de memórias da relação que tinha com ela. Como Odi está a ficar bastante desatualizado, o governo insiste que George tem que ter um novo modelo. É aí que surge Vera (Rebecca Front).

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  • George diz a Vera que ajudou a criar os Synths. Se criasses Synths na vida real, que características teriam?

Acho que nos deviamos apressar já e pagar mais às pessoas para descarregarem príncipios éticos nas máquinas da mesma forma que estão a descarregar milhares de informações históricas, que não são contextualizadas nem compreendidas. Não se tornam grandes professores. Um grande professor é uma pessoa com todas as fantásticas qualidades que um ser humano possui. Também é uma questão de consciência. Temos de nos perguntar a nós mesmos, o que é para nós a consciência? E se a tentarmos formatar ou definir de uma forma muito específica, não estaremos a contradizer o processo de tornar mais consciente? Quando a pré-julgamos, pré-regulamos, não estamos a permitir que esse futuro recetor de consciência cresça como a nossa cresceu, e ao preço a que a nossa cresceu, que é incalculável.

  • Já tiveste um papel de pioneiro em Inteligência Artificial antes, em “I.A.: Inteligência Artificial” de Spielberg. Revisitaste alguma dessas experiências anteriores para te inspirares para HUMANS?

Desempenhei o papel de um pioneiro em ficção científica em Altered States, e de certa forma em Dark City. Perguntei-lhes se tinham tido em conta I.A. quando me escolherem e eles riram-se.

  • És fã de ficção científica?

Oh, fiquei imediatamente encantado pelo género desde o início, de uma forma brutal. Para mim, Asimov (autor de ficção científica) era como a bíblia. Era fantástico. Desde o início, pensei: “Esta é a minha praia”.

  • Se os Synths existissem, comprarias um?

Não sei. Teria de conhecer um antes.

>> Vê também a entrevista a Gemma Chan, que faz o papel de Anita

HUMANS | Novos episódios todas as segundas às 22:30.