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6 tradições de Natal em Portugal a não perder

Desde os sabores salgados dos pratos regionais às festas vibrantes que caracterizam cada região, as celebrações de Natal portuguesas são uma mistura única de história, folclore e gastronomia. Neste artigo, vamos mergulhar nas tradições natalícias distintas, explorando tanto a gastronomia como as festas que tornam esta época em Portugal verdadeiramente especial.

À medida que as luzes de Natal se acendem por Portugal, cada região revela a sua fusão única de tradições, misturando a gastronomia tradicional e as festas típicas. Portugal ganha vida com uma tapeçaria de tradições que refletem a rica diversidade cultural do país. Descobre seis exemplos que comprovam isso mesmo e de que forma a gastronomia e as festividades nacionais marcam esta altura do ano.

Gastronomia

A tradição da ceia de Natal em Portugal remonta à Idade Média, quando o calendário cristão impunha períodos de jejum nas principais festas católicas, como o período entre o dia de Todos os Santos e o Natal. Com a proibição do consumo de carne durante esses momentos, e juntando o excelente sabor com a fácil conservação, os portugueses encontraram no bacalhau uma excelente alternativa. No entanto, isso não impediu que em Portugal se estabelecesse uma diversidade gastronómica que permeie as diferentes regiões de Portugal. Em muitos lugares, as mesas de Natal apresentam uma variedade surpreendente de pratos e iguarias, refletindo a identidade única de cada região:

Polvo em Trás-os-Montes

Na região de Trás-os-Montes, o Natal é sinónimo de uma obra-prima da culinária – o polvo cozido. As famílias reúnem-se à volta da mesa para degustar esta iguaria. Primeiro cozido com louro, cebola e pimenta, o polvo é de seguida levado ao forno com alho, azeite e vinagre, criando uma mistura harmoniosa de sabores que revela a essência do património gastronómico de Trás-os-Montes. Conseguimos abrir o teu apetite?

Carne de Vinha-d’alhos da Madeira

Este prato tradicional consiste em marinar a carne de porco em vinha d’alhos – molho feito com vinho, vinagre, alho, louro e sal – durante pelo menos 24 horas. Depois, a carne é frita com banha de porco e acompanhada com batata assada. O resultado é uma iguaria suculenta e aromática que enfeita as mesas de Natal das famílias madeirenses. A carne da vinha-d’alhos representa não só uma delícia gastronómica, mas também um testemunho da identidade culinária única da ilha.

Ginjinha do Barreiro

No Barreiro, uma cidade conhecida pelo seu encanto marítimo, a época festiva é marcada pelo calor doce da ginjinha da Tasca da Galega. Este licor de cereja, frequentemente apreciado como digestivo, acrescenta um toque de doçura às celebrações de Natal, e junta as pessoas na Avenida Alfredo da Silva mantendo a tradição querida que traz uma sensação de união e alegria à época festiva no Barreiro, que nem ao nosso presidente Marcelo Rebelo de Sousa escapa!

As festas

Portugal é um país de tradições e costumes bem enraizados na sua cultura. A época natalícia não é exceção e há muitas que se mantêm bem vivas ano após ano, tradições que apenas se podem viver verdadeiramente nas respetivas regiões.

Bananeiro de Braga

Braga abraça a tradição do Bananeiro, na emblemática Rua do Souto, durante o final da tarde do dia 24 de dezembro, com o objetivo de desejar as boas festas a conhecidos e desconhecidos. O ritual é simples e passa por beber um cálice de vinho moscatel acompanhado por uma banana. Esta festa única é um espaço de união, que nos dias que correm é cada vez mais incomum.

Madeiro de Penamacor

Em Penamacor, a festa do Madeiro é um espetáculo que ilumina a entrada nos dias de Natal. O Madeiro consiste numa grande fogueira que é feita no adro da igreja, onde a população se reúne. Esta é uma festa que começa a ser preparada no dia 8 de dezembro, quando os grandes troncos começam a chegar, por fim, o fogo é ateado às 23h50 do dia 23. É, assim, considerado o maior madeiro de Portugal.

Caretos de Varge

Conhecida como a Festa dos Rapazes, em Varge, no dia 24 de dezembro, os homens mascaram-se com roupas de retalho coloridas (caretos), como festejo do retorno da terra fértil, com o passar do solstício de inverno, percorrem as ruas chocalhando mulheres. No dia 25, os caretos espalham o caos e a desordem por Varge, saltando, gritando e rindo ao som dos seus chocalhos. O feno é atirado ao povo, as raparigas são achocalhadas, a água das fontes é espalhada e os animais são provocados.

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