A 19 de dezembro de 1984, a Primeira-ministra britânica Margaret Thatcher e o seu homólogo chinês Zhao Ziyang assinaram um acordo que ditava que a Grã-Bretanha devolveria Hong Kong à China em 1997. Em contrapartida, o país asiático deveria garantir a manutenção do sistema capitalista na província durante 50 anos. Hong Kong tinha-se tornado uma colónia do Império Britânico após a Primeira Guerra do Ópio (1839-1842).
O conflito entre a Companhia Britânica das Índias Orientais e a Dinastia Qing da China teve como principal objetivo forçar os Chineses a permitir o comércio livre, principalmente do ópio. Um dos primeiros atos de guerra dos Britânicos foi ocupar Hong Kong, uma ilha pouco habitada na costa sudeste do país. Em 1841, a China entregou a ilha aos Britânicos com a assinatura da Convenção de Chuenpi e, em 1842, foi assinado o Tratado de Nanquim que pôs fim, formalmente, à guerra.
A 1 de julho de 1997, Hong Kong regressou à soberania chinesa após 156 anos de administração colonial britânica. O agora território chinês tem o estatuto de Região Administrativa Especial, de acordo com a fórmula “um país, dois sistemas”. Deste modo, o território continua a ser um porto livre e um centro financeiro internacional, e, à exceção da áreas da defesa e da política externa, tem autonomia interna, incluindo fiscal. Também foi mantida a liberdade da imprensa no território.