No dia 19 de agosto de 1934, Adolfo Hitler, então Chanceler, também foi eleito Presidente da Alemanha, numa consolidação de poder sem precedentes na curta história da República.
Em 1932, o Presidente alemão Paul von Hindenburg, já cansado e em idade avançada, tinha vencido a reeleição como Presidente, mas perdeu uma parte considerável do seu apoio para a direita conservadora do Partido Nazi. Hindenburg não concordava com a ilegalidade dos nazis, mas concordou em trocar o Chanceler Heinrich Bruning por Franz von Papen, que estava disposto a apaziguar a situação com os nazis e iria retirar a proibição imposta ao partido de Hitler, além de cancelar unilateralmente os pagamentos das indemnizações da Alemanha, imposta pelo Tratado de Versalhes, no fim da Primeira Guerra Mundial.
Mas Hitler não estava satisfeito… Ele queria a chancelaria para si. As políticas de Papen falharam noutra frente: o seu regime autoritário alienou os seus partidários e ele também foi forçado a renunciar. Então, ele conseguiu convencer o Presidente Hindenburg a nomear Hitler para Chanceler e ele próprio para Vice-chanceler. Papen prometeu ao Presidente que iria conter os extremismos de Hitler e que o gabinete não seria controlado totalmente pelos nazis. Em janeiro de 1933, Hitler foi nomeado Chanceler da Alemanha.
Mas isso também não foi suficiente para Hitler… Em fevereiro de 1933, Hitler culpou os comunistas por um incêndio ocorrido no Reichstag (a sua verdadeira causa permanece um mistério) e convenceu o Presidente Hindenburg a assinar um decreto suspendendo as liberdades individuais e civis, um decreto que Hitler usou para silenciar os seus inimigos políticos com falsas prisões.
Após a morte de Hindenburg, em 1934, Hitler passou a trabalhar para consolidar o seu poder através da fusão da Presidência e da Chancelaria. Isto faria com que ele também comandasse o Exército. Para esse efeito, foi realizado um plebiscito em 19 de agosto e Hitler obteve uma maioria de 90%. Ele era agora, para todos os intentos e propósitos, um ditador.