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A ameaça do vírus Zika

O vírus Zika é originário de Uganda, em África. Apareceu em 1947, nos bosques de Zika, onde o microrganismo foi, pela primeira vez, encontrado. Em 1954, foi detetado o primeiro caso de infeção na Nigéria. A situação alterou-se em 2007, quando chegou ao Pacífico em forma de um surto, que causou 180 infeções na Micronésia.

Em 2013, foram contabilizadas mais de 28 mil infeções na Polinésia francesa e foi daí que se alastrou a outras ilhas, como as Cook ou a Ilha de Páscoa. Em maio de 2015, registaram-se os primeiros casos no Brasil. Desde então, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reportou a aparição de infeções no Panamá (3 casos), Paraguai (6 casos), México (3 casos) e Venezuela (7 casos), que se juntam, assim, a uma lista de outros países já afetados anteriormente por este vírus: Guatemala, El Salvador, Suriname e Colômbia.

No início, falava-se de um vírus muito leve, que causava sintomas como a febre, dor das articulações, erupções cutâneas e conjuntivite. Contudo, o vírus Zika é aparentado do vírus Chikungunya e da Dengue, o qual se contrai através de uma picadura de um mosquito, mais concretamente de mosquitos da família Aedes Aegypti.

Todavia, há alguns dias, foram detetados no Brasil casos de nascimentos com microcefalia de mulheres grávidas contagiadas com o vírus. Embora não tenha sido estabelecida como uma consequência direta entre o vírus e a microcefalia dos recém-nascidos que está a acontecer durante esta epidemia, tal facto está longe de ser uma coincidência. No Brasil, por exemplo, foram produzidos 150 a 200 casos entre 2010 e 2014, de acordo com números do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, através da sua sigla em inglês).

Só em 2015, foram detetados 3.893 casos. Em muitos deles, as crianças apresentavam, inclusive, graves lesões nos olhos.

Todas as segundas feiras, poderá acompanhar no seu HISTÓRIA, a estreia exclusiva de novos episódios de ‘Micro Assassinos’, uma produção própria do canal. Neste programa, a investigadora espanhola Pilar Mateo, uma das maiores especialistas mundiais em doença endémicas, mostra todos os casos e potenciais perigos da expansão de doenças tropicais.