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A Rainha do Nilo e a maquilhagem antibacteriana

Como já sabemos, Cleópatra não é somente conhecida por ser a última rainha do Egipto e por fazer parte da dinastia ptolemaica. Outra das suas marcas pessoais é a sua estética e, sobretudo, pela maquilhagem que utilizava, tão característica.

Segundo importantes investigações realizadas por cientistas franceses do Museu do Louvre e do CNRS (Centro Nacional para a Investigação Científica em França), a maquilhagem de olhos utilizada quer por ela, quer por outros egípcios, teria uma dupla função. O objetivo era não apenas estético, mas também proteger os olhos contra determinadas doenças da época.

Ainda de acordo com a mesma fonte, há mais de 4 mil anos, os egípcios antigos usavam maquilhagem elaborada com chumbo e sais do mesmo elemento químico para, desta forma, conseguirem escurecer os olhos. Além disso, estes materiais possuíam propriedades medicinais que estimulavam o sistema imunológico.
Pequenas doses de chumbo não matam as células, já que conseguem produzir uma molécula de óxido nítrico que ativa o sistema imunológico, repelindo, então, as bactérias, na eventualidade de existirem infeções oculares.
Como se não bastasse, os cientistas também chegaram à conclusão que certos componentes que se utilizavam para elaborar a maquilhagem funcionariam como anticéticos e que protegiam, igualmente, os olhos dos raios ultravioleta.