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O asteroide que acabou com os dinossauros

Há quase 66 milhões de anos, o impacto de um asteroide provocou uma série de catástrofes que levaram à extinção dos dinossauros. Esta é a teoria mais aceite pelos investigadores, mas o que realmente aconteceu?

Na conhecida cratera de Chicxulub, México, ocorreu o evento que desencadeou a extinção dos dinossauros e da maioria das espécies que habitavam na Terra. Um asteroide com mais de 15 quilómetros de diâmetro atingiu a Península de Yucatán com uma potência de mil milhões de bombas atómicas, como a de Hiroshima. O impacto gerou uma onda de poeira e detritos que se espalhou pelo planeta.

Como resultado da grande quantidade de poeira e gases na atmosfera, ocorreu um escurecimento global. Devido à falta de luz solar, as plantas não conseguiam realizar a fotossíntese. Estas são fundamentais para a cadeia alimentar, desencadeando um processo que culminou na morte de muitas espécies. A temperatura do planeta baixou e seguiram-se longos períodos invernosos.

Esta alteração climática ocorreu no final do período Cretáceo e foi um processo lento e gradual que foi acompanhado por sismos, ondas gigantescas e outros cataclismos. As espécies marinhas também não foram poupadas: a água dos oceanos tornou-se ácida. Durante o impacto, foi libertado ácido sulfúrico e, devido ao aquecimento dos gases na atmosfera, formou-se ácido nítrico, o que provocou uma diminuição do pH da água. A acidificação da água foi responsável pela extinção de 96% das espécies que habitavam os fundos marinhos também há 252 milhões de anos, entre os períodos Permiano e Triásico.

O asteroide marcou a extinção de 75% das espécies que habitavam o planeta. Acredita-se que certas aves conseguiram sobreviver, graças à forma dos seus ovos. Um parente das aves é o Archaeopteryx, um dinossauro de penas, do qual descendem as aves modernas. A descoberta do fóssil deste animal foi fundamental para compreender a ligação evolutiva entre as aves e os dinossauros.

Aqueles que tiveram mais facilidade em sobreviver foram os animais de menos de 25 quilos, o que levou a evolução dos mamíferos. Os animais deste tamanho tinham a vantagem de se poderem proteger do frio ou do calor em cavernas ou locais marinhos. A natureza ovípara dos dinossauros determinou o seu desaparecimento. Como os ovos não podem ser muito grandes, os bebés dinossauros eram até 2500 vezes mais pequenos do que a mãe. Isto significava que tinham de se adaptar para obter alimentos em vários ambientes, à medida que cresciam. Tinham de competir com os animais habituados a cada habitat e os alimentos eram escassos.

No final do Cretáceo foi desencadeada uma cadeia de acontecimentos que pôs fim à existência dos dinossauros após 165 milhões de anos na Terra. O que aconteceria se um asteroide fosse atingido hoje? Será que a espécie humana sobreviveria?