Select Page

Porque foi asssinado Martin Luther King

Martin Luther King faleceu no dia 4 de abril de 1968, com 39 anos, tendo sido alvejado em Memphis. A questão que se coloca é: mas porquê?

Filho de um reverendo, desde criança que mostrou uma profunda fé religiosa e um dom para a oratória e debate.

Com apenas 13 anos de idade, testemunhou a lei da segregação racial, quando teve de ceder o seu lugar no autocarro a um passageiro branco. Esta situação marcou-o e, a partir daí, a sua vida foi orientada para a igualdade de direitos entre brancos e negros.

Entre 1948 e 1955, entrou para o seminário, foi nomeado pastor da Igreja Batista Montgomery e doutorou-se em Teologia na Universidade de Boston. Nessa altura, um acontecimento recordou-o do descontentamento que sentiu aos 13 anos de idade. Rosa Parks recusou-se a ceder o seu lugar no autocarro e, como consequência, foi presa. Assim que Martin Luther King tomou conhecimento da situação, organizou um protesto e um boicote aos autocarros públicos. Esta situação arrastou-se durante mais de um ano e levou os afro-americanos, que foram social e legalmente reprimidos, a lutar pelos seus direitos, de modo a alcançarem a igualdade que mereciam. Em 1955, a tensão entre os grupos a favor dos direitos civis e os grupos de preservação da segregação não cessou, tendo mesmo culminado num ataque à residência de Martin Luther King.

Esta pressão deu frutos e foi alcançada uma resolução legal que decretou o fim da segregação no sistema de transportes públicos do Alabama. Com isto, tornou-se porta-voz oficial dos direitos civis afro-americanos.

Em 1957 fundou, juntamente com outros ativistas, a Southern Christian Leadership Conference, com a finalidade de organizar protestos de desobediência civil não violenta. Na Marcha de 1963 sobre Washington, Martin Luther King fez o seu famoso discurso “I have a dream“.

Em 1964 recebeu o Prémio Nobel da Paz pela sua luta contra a segregação racial através de protestos pacíficos. Após este reconhecimento, os objetivos do SCLC foram alargados, protestando também contra a pobreza e a Guerra do Vietnam.

Martin Luther King, em 1968, planeava uma ocupação pacífica de Washington contra a pobreza, quando James Earl Ray o matou a tiro. Pouco se sabe sobre os verdadeiros motivos que levaram Ray a assassinar Martin Luther King. O júri considerou-o culpado depois de constatar que o motivo era o racismo e o ódio contra ele e as mudanças que ele pretendia criar na sociedade americana. James Earl Ray morreu em 1998 de doença hepática e, durante os seus anos de prisão, afirmou que o assassinato de Luther King fazia parte de uma conspiração governamental semelhante à que “alegadamente” matou John F. Kennedy.

A figura de Luther King tornou-se num mártir, pela sua luta incansável e por ter perdido a vida ao tentar criar um mundo mais juntos para todos.