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Quatro causas que poderiam acabar com a humanidade

E não, não estamos a falar de asteroides gigantes nem de invasões alienígenas, mas de acontecimentos provocados pela negligência humana que acabam por se virar contra nós próprios. No documentário “Uma História do Futuro” são abordadas quatro causas de grande importância para a Humanidade de uma perspetiva animadora. Em cada um dos episódios, Diego Rubio faz uma viagem ao passado para tentar esclarecer quais os acontecimentos da História poderiam repetir-se novamente e como pode a Humanidade abordá-los para tentar evitar grandes tragédias.

Vejamos quatro 4 perspetivas que poderiam levar à extinção da Humanidade…

 

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

As alterações climáticas não são apenas uma teoria escrita num livro por alguns cientistas. Trata-se de uma verdade empírica que já nos está a afetar e que, segundo grande parte da comunidade científica, pensar nela como um feito que pode acabar com a Humanidade já não é novidade. A verdade é que já houve acontecimentos recentes que permitiram comprovar que as alterações climáticas influenciaram na potenciação de graves problemas sociais, como aconteceu na Primavera Árabe.

 

Há alguns meses, um estudo realizado pelo The Breakthrough National Center for Climate Restoration augurou que o fim da Humanidade poderia estar ainda mais próximo devido às alterações climáticas, situando-se agora por volta do ano 2050. O relatório estima que, nos próximos 30 anos, as temperaturas vão aumentar de forma catastrófica e que a escassez de recursos daí resultante provocará uma guerra global para a obtenção dos mesmos. De acordo com este Centro Nacional, para evitar que se chegue a este ponto, é preciso estabelecer urgentemente algumas sociedades a impor zero emissões.

 

 

 

SOBREPOPULAÇÃO E INFERTILIDADE

Estas são duas teorias opostas que apontam, segundo alguns especialistas, para a extinção da nossa espécie. Atualmente, a Terra conta com uma população aproximada de 7.600 milhões de pessoas, mas a ONU calcula que, no ano 2050, seremos quase 10.000 milhões e 11.200 em 2100. Será o excesso de população a nossa guilhotina? Se estas estimativas provarem estar certas, a escassez de recursos acentuar-se-á gravemente e a não ser que façamos algo para o remediar, isto poderá causar guerras graves pela alimentação e pelos recursos energéticos.

 

 

Por outro lado, existe a teoria de que o uso excessivo de produtos químicos e o abuso de transgénicos poderá provocar um decréscimo na fertilidade masculina ao ponto de poder levar ao desaparecimento da nossa espécie. Em 2017, um estudo publicado na revista “Human Reproduction” avança com alguns dados bastante preocupantes. O relatório foi elaborado com base na compilação de 185 estudos realizados anteriormente desde 1973 a 2011. Nesta compilação foi analisado esperma de homens da Europa, América do Norte, Austrália e Nova Zelândia. Os resultados ditaram que a quantidade de esperma diminuiu 59% e que o teor espermático do sémen desceu 52,4%. Se esta tendência se mantiver, poder-se-á pensar que a infertilidade poderá manifestar-se de forma massiva e provocar assim a extinção da Humanidade por falta de capacidade reprodutiva. Alguns dos fatores referidos pelos autores deste estudo são o uso de produtos químicos, a obesidade, o tabagismo e o stress, entre outros.

 

Duas teorias opostas nada agradáveis…

 

GUERRA NUCLEAR

Há certos indícios que levam os especialistas a pensar que uma guerra nuclear pode estar mais próxima de ser uma realidade do que ser simplesmente mais um argumento para uma ficção pós-apocalíptica. O abandono em 2018 por parte dos Estados Unidos da América do Tratado sobre Forças Nucleares de Alcance Intermédio que tinha com o Irão, assim como as ameaças nucleares por parte do regime da Coreia do Norte são indícios mais do que razoáveis para pensar numa extinção nuclear.

 

 

Alguns investigadores da Universidade de Princeton desenvolveram recentemente uma simulação de uma guerra nuclear devastadora entre a Rússia e os Estado Unidos, com base em dados realistas face às posturas atuais de ambas as potências. A previsão aponta para a morte de mais de 30 milhões de pessoas numa questão de horas e a existência de 60 milhões de feridos. Os dados poderiam ser muito piores, se se tivesse em conta o número de vítimas que haveria depois em consequência dos efeitos nefastos da energia nuclear utilizada.

 

A COMBINAÇÃO FATAL

É lógico pensar que, se a Humanidade chegar ao fim em breve, a extinção não terá sido causada apenas por um único fator, mas sim que esse fator foi o detonador da tragédia. A História diz-nos que os acontecimentos ocorreram devido a uma combinação de fatores que acabaram por dar azos a episódios como guerras, revoluções ou crises. E tal como proclama o documentário “ Uma História do Futuro” (HISTÓRIA, 2019), o segredo está no passado, pelo que certos “ingredientes” como as alterações climáticas, a sobrepopulação, as tensões nucleares e outros fatores macros podem unir-se para provocar a tragédia definitiva.

 

Na série “UMA HISTÓRIA DO FUTURO”, 20 especialistas internacionais de renome analisam acontecimentos do passado para tentar clarificar fenómenos atuais e antecipar as suas possíveis consequências. Tal como afirma um desses especialistas, “a História não se repete, mas rima”. Não perca os novos episódios!