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Walt Disney

Walt Disney foi um diretor e produtor americano de filmes de animação. Ele é uma das figuras-chave no desenvolvimento desta indústria a nível mundial.

Nasceu em Chicago a 5 de dezembro de 1901. Morreu a 15 de dezembro de 1966 em Burbank, Califórnia.

INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

Walter Elias Disney, chamado Walt, era o filho de dois agricultores de Chicago de ascendência irlandesa. Ele foi o quarto de cinco irmãos.

Em 1909, a família teve de abandonar a sua vida rural porque o seu pai ficou doente. Venderam a quinta devido a problemas financeiros e mudaram-se para Kansas City.

Na cidade, combinou os seus estudos primários com o seu trabalho como entregador de jornais. Pouco tempo depois inscreveu-se no Instituto de Arte de Kansas City, onde aprendeu as suas primeiras técnicas de desenho.

Em 1918, seguindo as pegadas de um dos seus irmãos mais velhos, Walt quis alistar-se no exército. Falsificou a sua certidão de nascimento e foi aceite e enviado para a Europa, embora nunca tenha lutado. No ano seguinte regressou aos Estados Unidos, onde procurou trabalho como cartoonista, a sua grande paixão.

 

OS SEUS PRIMEIROS ANOS NO MUNDO DA ANIMAÇÃO

Após uma primeira tentativa de montar um estúdio de animação que resultou num fracasso, em 1923 mudou-se para Hollywood. Aí não encontrou trabalho, por isso decidiu criar a sua própria empresa de produção com o seu irmão Roy: Disney Brothers Studio. Nesse mesmo ano, conseguiu o seu primeiro contrato. No ano seguinte, o antigo parceiro de Walt Disney Ubbe Iwerks juntou-se ao estúdio.

Em julho de 1925, Walt Disney casou com Lillian Bounds, uma funcionária do seu estúdio. Teve duas filhas com ela: Diane Marie e Sharon Mae.

O negócio estava cada vez a correr melhor, e em 1926, tiveram de mudar de escritório porque tinham cada vez mais empregados. Nessa altura, o nome da empresa foi alterado para Walt Disney Studio.

Este sucesso deveu-se em parte à série Oswald the Rabbit, uma personagem criada pela Disney. No entanto, o seu principal cliente assumiu os seus direitos e proibiu o estúdio de animação de fazer mais curtas-metragens com o coelho.

Este foi um grande contratempo para o estúdio de Walt Disney, uma vez que alguns dos seus criativos e cartoonistas mudaram-se para a concorrência. No entanto, apesar das dificuldades, a Disney começou a pensar em novas personagens.

Assim nasceu o rato mais famoso da fábrica de animação: Mickey Mouse. A sua primeira aparição foi a 15 de maio de 1928 no silencioso e curto Plane Crazy ao lado de Minnie. A atribuição da criação do Rato Mickey sempre foi controversa, pois há quem afirme que a Disney não foi o pai do rato.

À frente do seu tempo, Walt Disney estava confiante de que os filmes sonoros estavam aqui para ficar. Assim nasceu a terceira curta-metragem do rato e a primeira com a sua própria voz: Willie on the Steamboat (1928).

A partir deste momento, a fábrica da Disney arrancou. Mickey Mouse tornou-se a personagem principal do estúdio, um facto que não mudou 90 anos depois.

O sucesso não cegou Walt Disney. Sabendo que a sua sorte podia mudar a qualquer momento, criou a série de desenhos animados Silly Symphonies, que decorreu entre 1929 e 1939.

Como parte desta série, lançou a sua primeira curta a cores em 1932, Flowers and Three, que ganhou o Óscar de melhor curta-metragem de animação nesse mesmo ano. Também nesse ano, Walt Disney recebeu um Óscar honorário por criar o Rato Mickey.

A partir de 1935, curtas-metragens com Mickey e Minnie Mouse e o resto dos seus amigos, Donald, Goofy e Pluto, foram feitos a cores.

 

PRIMEIRAS LONGAS-METRAGENS

Em meados da década de 1930, Walt Disney “deu mais um salto”. Ele queria criar a sua primeira longa-metragem de animação a cores. Este desejo tornou se realidade com a Branca de Neve e os Sete Anões (1937).

A produção deste filme foi difícil e dispendiosa. O processo demorou cerca de dois anos e foi muito mais caro do que o esperado. No entanto, apesar das dificuldades, Branca de Neve e os Sete Anões foi um sucesso e angariou milhões de dólares na bilheteira.

Com o sucesso e fama incontestáveis que haviam sido atribuídos a Walt Disney, em 1939 a empresa mudou-se para estúdios novos e maiores para albergar os seus 2000 empregados. Novas longas-metragens foram lançadas em 1940: Pinóquio e Fantasia, o primeiro de uma longa e crescente lista.

Em 1941, enfrentou uma greve geral, que foi apoiada pela maioria dos seus empregados que procuravam um aumento salarial. As greves duraram um ano e terminaram quando as condições foram aceites.

Durante a década de 1940, no auge da Guerra Mundial, os estúdios Disney produziram material de propaganda para os Estados Unidos em nome das autoridades. Walt Disney, um forte anticomunista e colaborador do FBI, aceitou esta produção sem reservas.

 

CONSOLIDAÇÃO DO IMPÉRIO

Os anos 50 assistiram à consolidação do império de sonhos criado por Walt Disney. Com um empréstimo sem juros de um milhão de dólares concedido por um empresário, ele produziu 18 novos projetos.

Cinderela (1950), Alice no País das Maravilhas (1951) e Peter Pan (1950) são apenas algumas das longas-metragens que o levaram ao topo.

Ao contrário do pensamento da maioria dos produtores e cineastas, a Disney viu o nascimento da televisão como um novo modelo de negócio. Guiado pelo seu instinto, entregou os seus filmes a uma rede para difusão.

Com o dinheiro que angariou ao longo dos anos, levou a cabo o seu projeto mais ambicioso: a criação do parque temático da Disneylândia. Foi inaugurado a 17 de julho de 1955 em Anaheim, Califórnia.

 

ÚLTIMOS ANOS E MORTE

Nos anos 60, os estúdios Walt Disney foram mais do que estabelecidos. Durante estes anos, a produção de filmes continuou e os elogios não pararam de chegar. Uma das suas apostas mais ousadas foi Mary Poppins em 1964, a primeira com atores reais da sua fábrica.

Walt trabalhou até ao último dia da sua vida. Em 1966 foi-lhe diagnosticado um cancro do pulmão, o mesmo cancro que lhe custaria a vida a 15 de dezembro do mesmo ano. Os seus restos mortais repousam na Califórnia.

Atualmente, The Walt Disney Company é uma das empresas de maior sucesso no mundo.