Francis Zino, médico e naturalista, conta-nos as suas lembranças da visita de Churchill.
Passámos aqui uma Guerra muito privilegiada. Faltou pouca coisa cá. Aqui não sofremos tanto como lá na Inglaterra. Mas também as pessoas do campo que cultivavam e tinham as suas galinhas e tinham o seu cabrito… Era pobreza mas era uma pobreza feliz.As pessoas também não sabiam diferente, que é outro aspeto. Pensavam que era tudo assim.
E o Churchill, eles sabiam que ele tinha ganho a guerra, por isso era um herói. Quando havia um acontecimento aqui, tudo ia lá ver. Era um espetáculo. Havia falta de espetáculos e vão lá ver quem chega. E era um homem que tinha ganho a guerra, valia palmas e por isso foi bem recebido.
Eu penso que ele veio cá para relaxar. Ele gostava de pintar, ele foi a Câmara de Lobos pintar.
Os Madeirenses tinham um nome para ele fantástico. Eles não conseguiam dizer Churchill. Era o “Chuchila”, o “Senhor Chuchila”.
Com certeza, teve um impacto talvez para o turismo Britânico. Se o Churchill vai lá ficar no Reids também quero lá ir. Mas eu tenho a certeza que teve alguma influência dele cá vir porque os diários Ingleses também iam dizer “o Churchill está na Madeira”, as pessoas iam ver onde é que é a Madeira.
E você, já conhece a Madeira?