Portugal, país de História e marcos históricos imponentes, celebra o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios no dia 18 de abril. Como parte desta celebração, exploramos três tesouros do património português, que talvez ainda não conheças, cada um com a sua própria narrativa fascinante e importância histórica indiscutível.
O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios é uma ocasião importante que nos convida a refletir sobre a riqueza do nosso património. Os monumentos não são apenas testemunhos do passado glorioso de Portugal, são também lembranças da importância da conservação e proteção do nosso património.
À medida que exploramos três monumentos notáveis, é importante lembrar o papel crucial que os monumentos desempenham na nossa identidade cultural e na nossa compreensão do passado. Cada intervenção de conservação e restauro é um testemunho do compromisso em proteger e valorizar o nosso património histórico para as gerações futuras.
Ponte de Trajano (Chaves): uma travessia ao passado romano
A Ponte de Trajano, testemunha silenciosa da grandiosidade do Império Romano, ergue-se majestosamente sobre as águas do rio Tâmega, em Chaves. Na coluna comemorativa da sua construção, datada do ano 104 d.C., lê-se a seguinte inscrição:
“Sendo imperador o césar Nerva Trajano augusto germânico, Dácico, pontífice máximo, com a potestade tribunícia, cônsul pela quinta vez, pai da pátria; os Aquiflavienses levantaram à sua custa esta ponte de pedra.”
Esta ponte de arco, com tabuleiro plano, é um verdadeiro marco da engenharia romana, um símbolo do esplendor histórico da cidade. A suas aduelas almofadadas — nome do bloco em cunha que compõe a zona curva de um arco — e talha-mares prismáticos — parte de um pilar de ponte com forma apropriada para facilitar o escoamento do curso de água — contam histórias de um passado glorioso, enquanto as suas águas continuam a fluir, testemunhando o curso do tempo.
Castelo de Silves (Silves): sentinela da história algarvia
Dominando a paisagem algarvia, o Castelo de Silves é um testemunho da ocupação muçulmana e da rica herança histórica da região. Erguido num terreno elevado, este castelo poligonal irregular conta com uma torre de menagem imponente — estrutura central de um castelo medieval, definida como o seu principal ponto de poder e último reduto de defesa — e uma cerca do período almóada — os Almóadas foram uma dinastia proveniente de Marrocos, fruto da seita Al-Mahdi. Os seus muros guardam os segredos de civilizações antigas, desde os fenícios aos cartagineses, revelando camadas de História que intrigam e fascinam visitantes de todo o mundo. Das salas decoradas aos vestígios de palácios islâmicos, cada pedra conta uma história, convidando-nos a mergulhar no passado.
Palácio da Bolsa (Porto): o elegante refúgio da história neoclássica
No coração do Porto, o Palácio da Bolsa destaca-se como um exemplo sublime da arquitetura neoclássica. Com a sua planta retangular e fachada imponente, este palácio é uma ode à elegância. Desde o gabinete da Presidência aos salões decorados com requinte, cada espaço é uma obra de arte em si mesma. Mas é no Salão Árabe, com a sua riqueza multicolorida, que a imaginação é transportada para tempos de esplendor e maravilha. Ao longo dos anos, o Palácio da Bolsa tem sido alvo de várias intervenções de conservação e restauro para que este tesouro arquitetónico continue a deslumbrar e a inspirar gerações futuras.
Preservar o passado para o futuro
Esta é a melhor ocasião para antecipar a série que chega em maio ao Canal HISTÓRIA. Maravilhas do Mundo Antigo segue as pisadas de exploradores e arqueólogos que descobriram os locais dos monumentos que outrora foram proezas arquitetónicas, verdadeiras maravilhas da imaginação e da engenharia humanas, mas que acabaram por desaparecer.
Num mundo onde a mudança é constante, é vital preservar os vestígios que nos ligam ao passado e nos lembram a nossa história. Que estes três tesouros da História portuguesa continuem a inspirar e a encantar aqueles que os visitam.
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