Hoje celebra-se o Dia Mundial da Fotografia, uma lembrança de que uma imagem vale mais do que mil palavras e se pode tornar numa janela para a história.
O Dia Mundial da Fotografia, celebrado a 19 de agosto de cada ano, é um momento para apreciar a arte da fotografia e o seu profundo impacto no nosso mundo.
A semente daquilo que se viria a tornar o processo fotográfico de Louis Jacques Mandé Daguerre terá surgido alguns anos antes, mas não era simples. Joseph Nicéphore Niépce uniu elementos da química e da física e criou a heliografia em 1826. Nessa experiência, aliou o princípio da “câmara escura” à característica fotossensível dos sais de prata.
No entanto, e após a morte de Niépce, Daguerre veio aperfeiçoar a invenção, rebatizando-a tal como a conhecemos: o daguerreótipo. Deste modo, este dia celebra-se na data em que o daguerreótipo foi patenteado pelo governo francês, a 19 de agosto de 1839.
Da sua invenção até à atualidade, a fotografia manteve-se uma arte amplamente admirada e adotada por toda a sociedade, através do seu poder de captar momentos cruciais, evocar emoções e contar histórias que transcendem o tempo. Entre as inúmeras imagens que moldaram a nossa compreensão da história, algumas destacam-se pelo seu impacto marcante e pelas narrativas convincentes que incorporam.
Vamos olhar para algumas das fotografias mais icónicas e as histórias que elas contam.
O desembarque do Dia D, 1944
Uma das fotografias mais fortes da Segunda Guerra Mundial é uma imagem de soldados a desembarcar na praia de Omaha durante a invasão de dia 6 de junho de 1944, conhecida como Dia D.
Os maiores registos fotográficos deste grande dia vitorioso foram capturados por Robert Capa, um fotógrafo de guerra de renome. As suas imagens sintetizam o caos e a bravura das forças aliadas ao invadirem as praias da Normandia, em França. Capa, integrado nas tropas, tirou várias fotografias durante a primeira vaga.
Esta fotografia, que mostra soldados num momento mais descontraído, a aproveitarem um pouco de humor que parecia ainda restar dos últimos seis anos de guerra, mas nunca esquecendo o que realmente se passou nesses seis anos. É um testemunho da bravura daqueles que lutaram e dos altos riscos da missão, que marcou um ponto de viragem na guerra contra a Alemanha nazi.
Raising the Flag on Iwo Jima, 1945
Outra imagem icónica da Segunda Guerra Mundial é “Raising the Flag on Iwo Jima”, tirada por Joe Rosenthal em 23 de fevereiro de 1945. Esta fotografia retrata cinco fuzileiros navais e um soldado da Marinha hasteando a bandeira dos EUA no topo do Monte Suribachi durante a Batalha de Iwo Jima. A imagem tornou-se rapidamente num símbolo de esperança e perseverança, captando um momento de triunfo no meio de combates brutais.
A fotografia de Rosenthal ganhou o Prémio Pulitzer e foi reproduzida inúmeras vezes, incluindo no Marine Corps War Memorial em Arlington, Virgínia. A composição poderosa e o sentido de trabalho de equipa e determinação transmitidos na imagem ressoam profundamente com os valores de coragem e patriotismo.
Migrant Mother, 1936
A fotografia “Migrant Mother” de Dorothea Lange, tirada em 1936, é um símbolo intemporal da Grande Depressão. A fotografia mostra Florence Owens Thompson depois de um dia de trabalho nos campos da Califórnia, com os filhos amontoados à sua volta. A imagem de Lange tornou-se um símbolo da vida e dos problemas vividos por milhões de americanos durante esse período.
Encomendada pela Farm Security Administration, a fotografia tinha como objetivo sensibilizar para as terríveis condições enfrentadas pelos trabalhadores migrantes e para a necessidade de assistência governamental. O trabalho de Lange influenciou significativamente o desenvolvimento da fotografia documental e ajudou a humanizar a situação dos mais carenciados.
The Burning Monk Saigão, Vietname, o 1963
A fotografia de Malcolm Browne de Thích Quảng Đức, um monge budista Mahayana vietnamita, que se imolou em Saigão a 11 de junho de 1963, é uma poderosa imagem de protesto. O monge protestava contra a perseguição dos budistas pelo governo sul-vietnamita liderado por Ngô Đình Diệm.
A imagem de Browne, que mostra Quảng Đức envolto em chamas enquanto está sentado numa pose meditativa, captou a atenção do mundo e trouxe o escrutínio internacional ao regime de Diệm. Na sequência deste incidente, as manifestações de rua de monges e freiras budistas exigindo reformas políticas e liberdade religiosa tornaram-se frequentes e foram violentamente reprimidas pelo governo.
Esta fotografia tornou-se um símbolo da luta pela liberdade religiosa e dos esforços que as pessoas fazem para protestar contra a injustiça.
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