No dia 30 de julho de 1943, Adolfo Hitler descobre que a Itália, o seu aliado, está a tentar ganhar tempo antes de negociar as condições de rendição aos Aliados, tendo em conta a queda de Mussolini do poder. Hitler já temia que isso acontecesse devido aos acontecimentos recentes em Itália. Hitler tinha chegado ao país a 19 de julho e conversado com Il Duce sobre a sua liderança militar e os seus fracassos. Apesar de Mussolini não admitir, a Itália estava prestes a entrar em colapso, o que deixaria a península italiana aberta à ocupação aliada. Apesar da garantia de Mussolini a Hitler de que a Itália continuaria na batalha, o líder alemão começou a preparar-se para a possibilidade de rendição da Itália aos Aliados.
Quando Mussolini foi destituído do poder e preso pela sua própria Polícia seis dias depois, Hitler reuniu Goering, Goebbels, Himmler, Rommel e o chefe de comando da Marinha alemã, Karl Doenitz no seu quartel-general para revelar os planos de ação. As ações já estavam traçadas e, entre elas, constava o resgate de Mussolini do cativeiro, a ocupação de Roma pelas forças alemãs, a reinstalação de Mussolini e do seu Governo fascista, a ocupação alemã de toda a Itália e a destruição da frota italiana, para evitar que ela fosse usada pelos Aliados.
Os conselheiros de Hitler pediram cautela, especialmente porque a ação exigiria o deslocamento de tropas da frente oriental. Os Aliados ainda não se tinham movimentado em Roma. No entanto, e apesar de Mussolini ter sido preso, o Governo italiano ainda não se tinha rendido formalmente. A Alemanha tinha recebido garantias do sucessor de Mussolini, o general Badoglio, de que a Itália continuaria a lutar ao lado de Alemanha. A seguir, a 30 de julho, Hitler leu uma mensagem do seu chefe da polícia, em Zagreb, de que um general italiano tinha dito a um general croata que as garantias da Itália de lealdade para com a Alemanha tinham sido “projetadas apenas para ganhar tempo para a conclusão das negociações com o inimigo.”