Select Page

No dia 11 de agosto de 2014, o ator e comediante Robin Williams, que ascendeu à fama no final dos anos 70 com a série de sucesso da TV “Mork & Mindy” e que depois viria a protagonizar dezenas de filmes, incluindo “O Clube dos Poetas Mortos” (1989), “Papá Para Sempre” (1993) e “O Bom Rebelde” (1997), foi encontrado morto em casa, em Tiburon, na Califórnia, depois de ter cometido suicídio. Como ator, o versátil e criativo Robin era conhecido tanto por ser um génio do humor, de respostas rápidas e talento para causar impressões, quanto por ser um ator dramático de primeira linha, tendo dado vida a uma grande variedade de papéis. Depois da sua morte, foi anunciado que ele já vivia com uma grave depressão há algum tempo e que também já lhe tinha sido diagnosticada a doença de Parkinson numa fase inicial.

Nascido a 21 de julho de 1951, em Chicago, Robin Williams, cujo pai era um comercial do ramo automóvel, passou grande parte da sua infância na cidade de Detroit. Ainda em adolescente, mudou-se com a família para o norte da Califórnia e formou na Redwood High School em 1969. Robin estudou na Claremont Men’s College e na College of Marin antes de fazer o curso de artes dramáticas na famosa Julliard School, em Nova Iorque. Foi lá que estabeleceu uma amizade duradoura com Christopher Reeve (“Super-homem)”. Em 1978, Robin, que começou a fazer stand-up nos anos 70, participou na série televisiva “Happy Days”, interpretando um alienígena chamado Mork, do planeta Ork. A personagem teve logo direito a ter sua própria série, “Mork & Mindy”, que esteve no ar de 1978 a 1982 e lançou Robin para a fama como um extraterrestre de suspensórios com as cores do arco-íris, cujos chavões incluíam “nanu nanu” e “shazbot”.

No cinema, Robin estreou-se em 1977, na comédia de baixo orçamento “Can I Do It ‘Till I Need Glasses?”. A seguir, protagonizou filmes como “O Estranho Mundo de Garp” (1982), “Um Russo em Nova Iorque” (1984) e “Bom Dia, Vietname” (1987), pelo qual recebeu a sua primeira nomeação para um Óscar na categoria de Melhor Ator, com a sua interpretação de um DJ de uma estação de rádio das Forças Armadas. Robin também recebeu nomeações para um Óscar pelos seus papéis como um influente professor de inglês em “O Clube dos Poetas Mortos” e um mendigo delirante em “O Rei Pescador” (1991). Entre outros créditos deste versátil ator estão “Aladdin” (1992), no qual deu voz ao génio, “Papá Para Sempre”, em que interpretou uma ama-seca britânica, e “O Bom Rebelde”, pelo qual venceu o Óscar na categoria de Melhor Ator Secundário, pelo seu papel como psicólogo. Depois, Robin participou noutros projetos, como “Câmara Indiscreta” (2002), “Uma Vez na Noite” (2006), as animações “Happy Feet” 1 e 2 (2006-2011) e os filmes da série “À Noite, no Museu” (2006-2014). O ator regressou à TV em 2013, com “The Crazy Ones”, com o papel de um executivo publicitário, mas a série foi cancelada depois da primeira temporada.

Robin Williams estava envolvido em vários projetos de caridade, como coapresentações de maratonas televisivas ao lado de Billy Crystal e Whoopi Goldberg para a Comic Relief, uma organização que ajuda sem-abrigos. O ator também participava nas digressões de USO (United Service Organizations), entretendo as tropas americanas espalhadas pelo mundo. Nas suas atuações de stand-up, Robin falava abertamente sobre a sua experiência com o consumo de drogas e a sobriedade.

Após o suicídio de Robin Williams por enforcamento, a 11 de agosto de 2018, várias homenagens foram feitas pela comunidade de Hollywood e afins. O Presidente norte-americano Barack Obama falou sobre o ator: “[Ele] foi um aviador, um médico, um génio, uma ama-seca, um presidente, um professor, um Peter Pan revolucionário e muito mais… Mas ele era muito amável. Chegou às nossas vidas como um alienígena, mas acabou por tocar cada elemento do espírito humano”.