Miguel Alburquerque, autor do livro “Churchill na Madeira” e Presidente do Governo Regional da Madeira, revela algumas das características que mais admira no antigo primeiro ministro britânico Winston Churchill.
Chama-se “Canção de Embalar”. É uma canção popular, de matriz popular, muito bonita.
O Churchill tem ali umas características que eu gosto.
Ele era um homem corajoso, era um homem culto, multifacetado, um trabalhador… O Churchill escrevia sobretudo muito.
As virtudes públicas e as virtudes privadas hoje estão misturadas e o que se demonstrou, de facto, é que as virtudes públicas e ser um bom político não implica ter virtudes privadas ou vice-versa.
Aliás, isso está demonstrado ao longo da História. O Robespierre era um homem muito casto, muito austero que defendia um conjunto de princípios na vida privada e depois foi o símbolo do terror na Revolução Francesa.
Alguns dos enciclopedistas eram homens que tinham uma vida um pouco devassa na vida privada e que defenderam os direitos essenciais e escreveram a base da Constituição e dos princípios democráticos.
O Hitler, por exemplo, o Hitler não fumava, não bebia, fazia gala que ele tinha uma vida muito austera, muito higiénica… Portanto isso não tem nada a ver uma coisa com a outra.
E o Churchill é um bom exemplo.
Há aquela famosa frase que Churchill proferiu em resposta a Montgomery, quando este lhe disse: “Eu não fumo nem bebo. Estou 100% em forma.” e Churchill respondeu: “Eu bebo todos os dias, fumo imensos cigarros e estou 200% em forma.”