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MEIN KAMPF: e o fim do seu copyright

A 31 de dezembro de 2015, expiraram os direitos de autor do livro que serve de reumo à ideologia anti-semita do regime nazi. Falamos, claro, de ‘Mein Kampf’ (ou, em português, ‘A Minha Luta’). Foi, então, a partir dessa data que a obra tornou-se domínio público.

Em 1948, teve lugar um julgamento em Munique, no qual foram outorgados ao Ministério das Finanças da Baviera todos os bens de Adolf Hitler, incluindo os direitos de autor da obra. O mesmo proibiu a reedição do livro quer na Alemanha, quer nos restantes países do mundo onde o mesmo obteve o direito de copyright. Não obstante, existe uma multiplicidade de edições, embora ilegais, que podem ser encontradas em pequenos mercados ou na internet.

Passados 70 anos de proibição, é, então, agora possível reeditar o livro de forma livre. De facto, em 1945, logo após a Segunda Guerra Mundial, só na Alemanha haviam sido vendidas mais de 10 milhões de exemplares da obra. A mesma foi traduzida para 16 idiomas.

Há que acrescentar que, em 1933, no ano em que Hitler tornou-se o chanceler alemão, as vendas dispararam. Milhares de cópias foram comparadas para serem oferecidas a casais arianos recém-casados, o que fez com que o ditador fizesse uma fortuna com o livro.

Atualmente, o Conselho Geral dos Judeus da Alemanha, a principal organização representante desta comunidade no país, declarou-se a favor de uma reedição crítica do livro, comentada por historiadores. Contudo, existe outra parte da sociedade que teme que tal reedição possa impulsionar o ódio anti-semita.