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O trágico adeus a James Dean, símbolo de uma geração

A 30 de setembro de 1955, por volta das 17h45, o ator James Dean, de 24 anos, perdeu a vida num acidente de carro, em Cholame, na Califórnia, quando o Porsche que conduzia colidiu com um Ford Tudor Sedan num cruzamento. O motorista do outro carro, o estudante de 23 anos, Donald Turnupseed, estava atordoado após o acidente, mas não apresentava, praticamente, quaisquer ferimentos. O passageiro de Dean, o alemão e mecânico do Porsche, Rolf Wütherich, ficou gravemente ferido, mas sobreviveu.
Nesse trágico dia, o filme “A Leste do Paraíso” (1955), protagonizado por Dean, era um sucesso nos cinemas. Depois da sua morte, ainda seriam lançados mais dois filmes a título póstumo: “Fúria de Viver” (1955) e “O Gigante” (1956). Apesar de ser jovem e ter iniciado a carreira há pouco, Dean estava no caminho para o estrelato, e o acidente acabou por transformá-lo numa lenda. Dean é considerado um ícone cultural, como a personificação da rebeldia e angústias da juventude da década de 1950.
Nascido a 8 de fevereiro de 1931, em Marion, no Indiana, Dean era um apaixonado pela velocidade. No dia da sua morte, ele ia levar o seu novíssimo Porsche Spyder descapotável para uma corrida em Salinas, a 90 quilómetros para sul de São Francisco.
Testemunhas dizem que Dean não ia em excesso de velocidade no momento do acidente e que o outro carro até poderia vir muito mais depressa. Contudo, o crepúsculo e o brilho do sol poente podem ter impedido Turnupseed de ver o Porsche a aproximar-se. O mecânico Wütherich nunca superou o trauma do acidente e tentou suicidar-se duas vezes durante a década de 60. Em 1967, esfaqueou a mulher 14 vezes numa tentativa frustrada de homicídio/suicídio. Acabou por morrer num acidente de carro, quando conduzia embriagado em 1981. Turnupseed morreu com cancro do pulmão em 1981. Existem também histórias envolvendo peças do carro de Dean, que foram parar a outros automóveis que também acabaram envolvidos em outros acidentes fatais.