Para que uma missão da NASA seja realizada, são necessários anos de preparação e milhões de dólares investidos. Cada missão tem centenas de trabalhadores em todas as áreas possíveis, desde os que fabricam as componentes da nave até aos matemáticos responsáveis pelas trajectórias ou astronautas que serão lançados no espaço. Portanto, quando há um acidente, é uma catástrofe pois, além da perda de anos de trabalho e dinheiro investido, geralmente perdem-se astronautas.
Uma das primeiras catástrofes da NASA foi o incêndio da Apollo 3. Em 1967, o comandante Virgil Grissom e os pilotos Edward White e Roger Chaffee estavam dentro dos sistemas de teste da Apollo 3 para a missão. Um curto-circuito produziu um incêndio que causou asfixia em três segundos e a morte dos três tripulantes, que não conseguiram abandonar a tempo a “ratoeira” em que a cápsula acabou por se transformar. Em homenagem a este acidente, a missão foi renomeada Apollo 1.
Com a chegada da televisão, as pessoas aguardavam ansiosamente cada missão da NASA, e ainda havia um grande número de pessoas que se aproximava dos arredores das descolagens para assistir ao momento ao vivo. Talvez por isso a explosão do Challenger tenha sido tão avassaladora, visto que centenas de milhares de pessoas assistiram, em directo, ao momento em que a nave explodiu logo após a sua subida. Após 73 segundos de descolagem, a nave desmaterializou-se, e tirou a vida aos sete tripulantes. Após esse trágico evento, a NASA nomeou uma comissão que determinava falhas fatais no design das naves, o que imediatamente fez as missões espaciais pararem durante anos.
Depois do melhor feito pela NASA, os anos seguintes foram mais calmos na sede da agência, até que a febre começou a chegar a Marte. Em 1993, a sonda Mars Observer falhou ao completar a sua missão de entrar na órbita de Marte, o que fez com que se perdesse todo o contacto com ela. Nesta ocasião, foram perdidas décadas de trabalho em todo o Espaço. A equipa ainda não tinha recuperado deste fracasso, quando o Mars Climate Orbiter foi lançado. Foram anos de cálculos, estudos, exercícios para que um erro de milhas e metros resultasse num acidente da sonda especial norte-americana ao entrar na atmosfera do planeta Marte. E como não há duas sem três, a missão seguinte, denominada Mars Polar Lander, também não alcançou o objectivo de chegar a Marte, visto que se perdeu (ou desintegrou-se) no planeta vermelho.
Deixando as missões de Marte em espera, a NASA recuperou o seu programa no que toca às naves espaciais. Em 2003, a nave Columbia preparava-se para entrar na Terra após 15 dias no espaço, quando o contacto foi perdido. Minutos depois, todos podiam assistir a um rasto de fumo branco ao vivo na televisão. A nave desmaterializou-se na entrada da atmosfera da Terra, levando a vida dos seus sete tripulantes. A NASA novamente interrompeu as missões com naves espaciais momentaneamente e continuou definitivamente em 2010, de forma a favorecer o uso de sistemas mais seguros e confiáveis.