No dia 6 de outubro de 1999, Portugal perdeu um dos seus maiores ícones da música com a morte da cantora de fado Amália da Piedade Rebordão Rodrigues. Amália, como era conhecida pelos seus fãs, estreou-se como fadista ainda adolescente. Aos 25 anos, fez a sua primeira digressão internacional no Rio de Janeiro, onde gravou o primeiro de cerca de 170 álbuns. Além de cantora, Amália também foi atriz e, em 1947, estreou-se no seu primeiro filme “Capas Negras”. Reconhecida internacionalmente, Amália juntou ritmos espanhóis e mexicanos ao seu repertório, além de usar textos de poetas contemporâneos nas suas letras. Em 1962, iniciou uma importante parceria com o compositor Alain Oulman, que a ajudou a adaptar as poesias às músicas. Amália também lançou o álbum “Amália e Vinícius”, o resultado de um encontro com o poeta Vinícius de Moraes e de José Carlos Ary dos Santos, David Mourão-Ferreira e Natália Correia. Em 1990, recebeu a Grã-Cruz da Ordem de Santiago, a maior honra de Portugal. A morte de Amália em 1999 levou a três dias de luto nacional em Portugal e à suspensão temporária da campanha eleitoral no país.