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Jogos Selvagens 2024: uma competição animal

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 estão aí à porta, e queremos propor-te um pequeno twist: e se os protagonistas fossem animais?

Se pensarmos bem, no reino animal, cada dia pode ser considerado uma verdadeira competição. Desde os animais mais rápidos aos mais fortes, cada atividade pode ser um palco para os melhores atletas.

Competição, estratégia, rivalidade… todos estes conceitos estão inscritos no ADN da maioria das espécies e saber usar as suas qualidades inatas com engenho e habilidade pode ser a chave para o sucesso.​ Alcançar o sucesso é sempre o objetivo final e dele depende, em muitas ocasiões, a própria sobrevivência. Conseguir ser o mais rápido, o mais temido ou o melhor estratega é a meta a atingir, qualidades que também são necessárias para se ter sucesso a nível desportivo.

Deste modo, para antecipar o Especial: Os Jogos Animais, onde vão passar no Odisseia as séries A Batalha dos Alfas, Armamento Animal, Os Animais Mais Tóxicos e Os Ataques Mais Velozes, vamos associar alguns dos animais mais famosos do reino animal a alguns dos desportos trazidos pela antiga Grécia.

Chita, a atleta

O atletismo é a forma organizada de competição mais antiga. As primeiras competições organizadas da história foram os Jogos Olímpicos, criados pelos gregos no ano 776 a.C., que já contavam com atletismo. Durante anos, o principal evento olímpico foi o pentatlo, que compreendia lançamentos de disco, salto em comprimento e corrida de obstáculos.

Os primeiros eventos dos tempos modernos que podem ser comparados às competições de atletismo como conhecemos hoje ocorreram em 1840 em Shropshire, Inglaterra. E falando especificamente na categoria das corridas, esta é talvez a forma de expressão atlética mais pura. Mas como é que será que um animal se sairia nos 100 metros?

Conhecida por ser o animal terrestre mais rápido, a chita é capaz de atingir velocidades máximas entre os 80 e os 130 km/h. Por isso mesmo, seria a concorrente ideal para competir com o jamaicano Usain Bolt, atual detentor do recorde mundial dos 100 metros.

Canguru, o rei do ringue de boxe

A origem exata do boxe é desconhecida, embora algumas das primeiras evidências venham de artefactos sumérios — um dos povos mais antigo da Mesopotâmia — encontrados no atual Iraque, datados do terceiro milénio a.C.

O boxe foi introduzido nos Jogos Olímpicos da antiguidade em 688 a.C., altura em que os pugilistas usavam tiras de couro macio para amarrarem e protegerem as mãos e antebraços.

O boxe quase desapareceu com a queda do Império Romano, antes de ressurgir no século XVII, em Inglaterra. Atualmente, existem sete categorias de peso masculino (M) e seis categorias de peso feminino (F):

  • Peso mosca: menos de 51 kg (M e F);
  • Peso galo: menos de 54 kg (F);
  • Peso pena: menos de 57 kg (M e F);
  • Peso leve: menos de 63,5 kg (M e F);
  • Peso meio-médio: menos de 71 kg (M e F);
  • Peso médio: menos de 80 kg (M e F);
  • Peso pesado: menos de 92 kg (M);
  • Peso superpesado: mais de 92 kg (M).

Assim, os cangurus, conhecidos pela sua postura já pronta para entrar no ringue e destronar a quase invencibilidade de Muhammad Ali, estes animais têm tudo para serem bem-sucedidos dentro das cordas com a sua postura, saltos e sua destreza com as mãos, nomeadamente nas categorias de peso leve e peso meio-médio consoante os pesos médios destes animais. Não acredita? Confirme através das centenas de vídeos que circulam na internet destes animais em ação.

Macaco, o ginasta

A origem da ginástica remonta à antiguidade, quando era recomendada pelos filósofos como forma de aliar o exercício físico à atividade intelectual. É durante o século XIX que este desporto ganha, novamente, popularidade com um número crescente de eventos, incluindo a competição de ginástica no ressurgimento dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 1896.

Nas barras fixas, nas paralelas assimétricas ou nas argolas, os macacos seriam excecionais. Ágeis e capazes de impressionantes feitos acrobáticos, estes animais são muito parecidos com os verdadeiros ginastas, que o diga o conhecido jogo Macacos Acrobatas. Nestes diferentes aparelhos, estes animais poderiam sentir-se em casa e realizar grandes proezas dignas de aplausos do próprio Tarzan.

Formiga, a (inesperada) halterofilista

O halterofilismo, também conhecido como levantamento de peso, existe há milhares de anos, mas o objetivo permanece o mesmo: o atleta que levantar mais peso vence. Evidências do desporto datam do antigo Egito e da Grécia, onde as pessoas levantavam pedras pesadas em competições de força.

À primeira vista, a formiga não seria o primeiro animal que te viria à cabeça quando falamos desta categoria. No entanto, não poderia ser outro, já que a formiga é um dos animais mais fortes do mundo em relação ao seu tamanho. Uma única formiga pode carregar 50 vezes o seu próprio peso corporal, por isso não seria de estranhar ver uma formiga com uma barra com discos correspondentes a mais de 120 kg.

Estas associações realçam os atributos únicos de cada animal e alinham-nos com as competências e características necessárias para vários desportos olímpicos. E lembra-te se quiseres descobrir mais sobre a espetacularidade e as aptidões desportistas no reino animal, fica atento ao Especial: Os Jogos Animais.

Não percas!

As três grandes séries deste especial do Odisseia, A Batalha dos Alfas, Armamento Animal, Os Animais Mais Tóxicos e Os Ataques Mais Velozes! Explora também outros temas no nosso blogue, e passa pelos outros canais.