A primeira imagem de um buraco negro acaba de ser publicada, esta quarta-feira por uma equipa de 200 cientistas internacionais. O corpo em questão encontra-se na galáxia Messier 87 (M87), a uma distância de aproximadamente 55 milhões de anos luz. Até hoje, a existência destes objetos conhecidos por serem extremamente densos só era conhecida através de métodos indiretos, uma vez que nunca havia sido possível observá-los.
Os buracos negros são corpos com um campo gravitacional muito potente do qual nenhum tipo de partículas são capazes de escapar, nem sequer a própria luz. Os investigadores criaram esta imagem que ficará para sempre na história da Humanidade unificando dados de uma rede de oito radiotelescópios espalhados por todo o mundo. Juntos, atuam como uma única antena parabólica do tamanho da Terra, chamada Telescópio Horizonte de Sucessos (EHT).
Se Albert Einstein estivesse vivo, o dia de ontem teria sido marcante para a vida e carreira do físico alemão, uma vez que comprovou-se a existência da Teoria da Relatividade. Há aproximadamente um século, Einstein calculou que a força da gravidade podia distorcionar o espaço-tempo e as suas equações e teorias previam que um corpo de alta densidade poderia esconder por trás um horizonte de sucessos, ou o limite a partir do qual nenhum objeto ou corpo consegue escapar da força de atração do buraco negro. Esse horizonte é o que se pode verificar na fotografia recém publicada.
Ainda que por definição, o buraco negro não se possa observar os gases que formam parte dele estão a temperaturas extremamente altas dando-lhe esse aspecto brilhante. Frente a essa iluminação é possível observar a silhueta que resulta na sombra do buraco negro.
Com esta imagem, os científicos conseguem comprovar as equações de Einstein e ainda que seja um passo mínimo no enorme universo do qual fazemos parte é um passo gigantesco para a comunidade científica. Ontem foi um dia histórico e no Odisseia queremos celebrar a ciência com todas as mentes curiosidades do nosso planeta!
