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O Sistema Solar: um mundo em mudança

O que torna o Sistema Solar tão cativante é estar longe de ser estático. Com a descoberta contínua de novos corpos celestes e a reclassificação de outros, a nossa visão do cosmos está em constante mudança.

O Sistema Solar é um dos maiores tesouros da ciência moderna, repleto de mistérios, factos surpreendentes e maravilhas visuais que continuam a fascinar tanto astrónomos como o público em geral. Ao longo dos séculos, a nossa compreensão sobre os planetas e os seus fenómenos tem evoluído, e com a estreia de O Melhor da BBC: Os Planetas, no Odisseia, temos uma nova oportunidade para descobrir as histórias mais extraordinárias dos oito planetas que compõem a nossa casa celeste, ou para alguns, dos nove planetas que compõem o Sistema Solar.

A série, conduzida pelo carismático físico Brian Cox, leva-nos numa viagem pelos 4.500 milhões de anos do Sistema Solar, revelando espetáculos de proporções cósmicas através de gráficos computorizados de última geração e dados das mais recentes explorações espaciais. Para antecipar esta estreia, partilhamos algumas das curiosidades mais fascinantes sobre os planetas e o Sistema Solar.

Mercúrio: o planeta que desafia Ícaro

Apesar de estar tão perto do Sol, Mercúrio é um dos planetas mais extremos do Sistema Solar. Embora seja o mais pequeno, com pouco mais de 4.800 km de diâmetro, Mercúrio tem algumas características únicas. Por exemplo, as suas temperaturas variam de forma drástica: durante o dia, podem atingir os 430°C, enquanto à noite descem para -180°C, devido à falta de uma atmosfera densa que retenha o calor. Além disso, um ano em Mercúrio dura apenas 88 dias terrestres, mas a rotação do planeta é tão lenta que o seu dia solar dura quase dois meses terrestres.

Um ano em Vénus é mais curto que um dia

Passar um dia em Vénus seria uma experiência que te iria deixar bastante desorientado — isto é, se a tua nave espacial ou fato espacial te conseguisse proteger de temperaturas na ordem dos 475º Celsius, o teu “dia” teria 243 dias terrestres — mais longo até do que um ano de Vénus (uma volta completa ao Sol), que demora apenas 225 dias terrestres. O lado positivo é que devido à rotação extremamente lenta do planeta, o nascer ao pôr do sol demoraria 117 dias terrestres. Além disso, a rotação do planeta é retrógrada, o que significa que Vénus gira no sentido contrário ao de quase todos os outros planetas do Sistema Solar.

Júpiter e a tempestade eterna

Júpiter, o gigante gasoso, é conhecido por muitos como o protetor do Sistema Solar, devido à sua forte gravidade, que atrai e desvia cometas e asteroides que poderiam ameaçar a Terra. Contudo, uma das características mais intrigantes deste planeta é a sua famosa “Grande Mancha Vermelha”. Esta tempestade gigantesca, que é duas vezes maior do que a Terra, está em atividade há mais de 300 anos, tornando-se num dos fenómenos mais antigos e persistentes do Sistema Solar.

Saturno e os anéis que faltaram a Sauron

Saturno, o planeta dos anéis, é uma das imagens mais icónicas do Sistema Solar. Embora todos os planetas gigantes possuam sistemas de anéis, nenhum é tão grandioso e belo como os de Saturno. Formados por partículas de gelo e poeira, os anéis de Saturno estendem-se por centenas de milhares de km, mas são surpreendentemente finos, com uma espessura de apenas alguns metros. Recentemente, os cientistas descobriram que estes anéis estão a desaparecer lentamente, e dentro de 100 milhões de anos poderão desaparecer por completo!

Marte: o Planeta Vermelho

Marte é o destino mais promissor para a colonização humana. Conhecido como o “Planeta Vermelho” devido ao óxido de ferro que cobre a sua superfície, Marte sempre foi alvo de fascínio. O planeta já teve água líquida, e agora, com missões como a Perseverance, estamos a explorar o seu solo em busca de sinais de vida.

Úrano e o seu eixo inclinado

Úrano é único no nosso Sistema Solar devido à sua estranha inclinação. Enquanto a maioria dos planetas gira quase perpendicularmente ao seu plano orbital, Úrano tem um eixo inclinado a quase 98 graus. Isto significa que o planeta gira à volta de si próprio, o que resulta em estações extremas, com cada polo a passar 42 anos seguidos no escuro ou na luz solar.

Neptuno: o planeta dos ventos furiosos

Neptuno, o planeta mais distante do Sol, é conhecido pelos ventos mais rápidos do Sistema Solar, atingindo velocidades de até 2.100 km/h. Apesar de estar a quase 4,5 mil milhões de quilómetros do Sol, Neptuno continua a ser um local de grandes tempestades e fenómenos atmosféricos fascinantes, o que torna as suas condições meteorológicas bastante incomuns para um mundo tão distante e frio.

Plutão: o planeta que deixou de ser

Por fim, Plutão, para uns, integrante do Sistema Solar, para outros o nono planeta esquecido que foi “despromovido” a planeta anão em 2006. Esta decisão gerou controvérsia e frustração em muitas pessoas que cresceram a aprender que Plutão era o planeta mais distante do nosso Sistema Solar. A reclassificação deveu-se à descoberta de outros objetos semelhantes a Plutão, na chamada Cintura de Kuiper, e ao facto de Plutão não ter uma órbita completamente limpa de outros corpos celestes, o que o desqualificou da categoria de planeta.

Não percas!

Prepare-te para embarcar numa viagem extraordinária e descobrir que, mesmo depois de milénios de observação, a história dos planetas está apenas a começar. Tudo isto no dia 12 de outubro com a estreia de O Melhor da BBC: Os Planetas, no Odisseia às 16h. Se queres saber mais sobre as maravilhas escondidas do nosso planeta, não percas as séries que passam no Odisseia. Explora também outros temas no nosso blogue, e passa pelos outros canais.