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PODE UM DECLÍNIO NA FERTILIDADE ACABAR COM OS NEANDERTAIS?

Anna Degioanni, investigadora da Universidade de Aix-Marsella, dirigiu um estudo publicado pela revista científica PLOS ONE onde abre uma nova linha de investigação sobre a extinção de um dos nossos antepassados, o homem de Neandertal. O relatório apresentado adiciona outros possíveis motivos para o seu desaparecimento (doenças, mudanças climáticas…) o declínio da fertilidade e o aumento da mortalidade infantil.

O Homo neanderthalensis ou neandertal é a espécie do género Homo que habitou na Europa, Próximo Oriente, Oriente Médio e Ásia durante o final do Pleistoceno médio e quase todo o superior. E segundo o estudo da investigadora poderá NÃO ter sucumbido ao frio, tal e como apontam algumas teorias.

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Este estudo recente relaciona elementos demográficos como a sobrevivência, a migração ou as taxas de fertilidade. Uma análise de dados empíricos sobre a demografia desta espécie determinaria que se uma queda nas taxas de fertilidade dos jovens neandertais poderiam ter acabado com estes primatas num período de tempo limitado.

Assim, mediante um modelo de uma população de neandertal, observou-se que uma queda de 2,7% da dita taxa podería ter dizimado a população em uns 10.000 anos. Esse tempo é consideravelmente reduzido, a 4.000 anos, se a percentagem sobe uns 8%. Também se tem em conta outras mudanças demográficas como a mortalidade infantil, que, ao ter sido potenciada, resultaria numa redução de 0,4% da taxa de fertilidade sendo suficiente para garantir a sua extinção nessa margem de tempo.

O estudo baseia-se em dados empíricos de estudos anteriores e dados de grupos de caçadores-recoletores modernos e grandes símios atuais. Mas o seu objetivo não é explicar os motivos da desaparição do Homo neanderthalensis, senão supor outros possíveis cenários, distintos aos já conhecidos.

Outro avanço na hora de seguir os passos dos primeiros vestigios do ser humano sobre a Terra que, com segurança não serão os últimos.

Fonte: EFE