O Odisseia convida-o a ir mais além das capas de jornais e conhecer em profundidade um dos conflitos mais longos e complexos do mundo actual, o conflito entre palestinianos e israelitas.
Capítulos
Nas eleições gerais palestinas de 2006, a lista Mudança e Reforma, ligada ao grupo terrorista Hamas, conseguiu uma esmagadora maioria absoluta na Faixa de Gaza. Convertia-se numa das organizações mais controversas do panorama mundial atual. Embora os membros mais proeminentes do grupo fossem homens, aquela vitória esteve cimentada no extraordinário trabalho na sombra das mulheres. Atualmente, algumas são líderes do movimento, quer como representantes eleitas no Parlamento palestiniano ou como ministras no governo do Hamas. Outras por seu lado são reconhecidas pelas suas atividades de assistência social a favor das crianças e mulheres, e outras por serem as mães dos terroristas suicidas. O Odisseia tem o prazer de apresentar o último trabalho da realizadora Suha Arraf, um relato extraordinário, comovente e complexo das mulheres de Hamas, mulheres cujas vidas estão dominadas pela luta política e numa das zonas mais perigosas do mundo.
Segunda-feira 23, 22h
Terça-feira 24, 6h/15h
O sionismo é a aspiração dos judeus a recuperar a Palestina como pátria. Esta é composta por dois territórios, a Faixa de Gaza, mais pequena, e a Cisjordânia, um território que Israel conquistou à Jordânia durante a Guerra dos Seis Dias em 1967. Hoje em dia encontrase parcialmente sob administração militar israelita e parcialmente sob a Autoridade Nacional Palestina. Louis Theroux entra
completamente nesta zona de conflito e contacta com um pequeno mas muito comprometido grupo de colonos judeus ultra nacionalistas. Consideram que a sua obrigação, tanto desde o ponto de vista religioso como político, é recuperar algumas das áreas mais sensíveis e controversas da Cisjordânia, especialmente as terras que têm um significado espiritual incluído na Bíblia. O Odisseia entra numa das zonas de conflito mais candentes do mundo, uma zona em que os sentimentos religiosos, históricos e políticos se misturam claramente.
Terça-feira 24, 22h
Quarta-feira 25, 6h/15h
Chaim Yavin, conhecido em Israel como Mister TV, foi um dos fundadores da televisão pública do país e durante quarenta anos o apresentador estrela das notícias da noite. Informou todos os grandes acontecimentos do país, desde a histórica visita de Al-Sadat, as Intifadas ou as guerras contra os seus vizinhos árabes até ao trágico assassinato de Isaac Rabin. Agora Yavin decidiu sair do seu cómodo estúdio com ar condicionado para conhecer em primeira mão, com a sua própria câmara, a situação de ofensiva que sofrem os árabes em Israel, uma minoria que representa 20 % da população total que se vê degradada aos piores trabalhos, às terras que ninguém quer e com acesso nulo à educação. Uma autêntica pólvora que pode explodir a qualquer momento. Depois de entrevistar centenas de pessoas, escutar as suas queixas e sentir o seu profundo desespero, Yavin elaborou um diário de viagem. Os resultados não podem ser mais pessimistas. As mesmas perguntas de há sessenta anos, quando foi fundado o Estado de Israel, continuam a rondar a cabeça de judeus e árabes por igual: a quem pertence esta terra ? Alguma vez chegará a paz à Terra Santa?
Quarta-feira 25, 22h
Quinta-feira 26, 6h/15h
O Odisseia apresenta-lhes a particular história familiar de dois irmãos, Nadim e Dahoud Khoury, que regressam à Palestina depois de trinta anos a viverem nos Estados Unidos. O motivo da sua volta é tornar realidade o sonho do seu pai: estabelecer um negócio familiar na terra onde nasceram, concretamente na aldeia de Taybeh, uma pequena população palestina. Esse lugar seria o eleito pela família Khoury para fundar a primeira destilaria de passaporte palestino e a única a produzir cerveja em todo o Oriente Próximo. Nadim e Dahoud empreendiam assim a sua aventura empresarial num contexto de optimismo marcado pelos acordos de Oslo que indicavam que o caminho para a paz entre Israel e Palestina seria possível, um cenário que durou pouco ao rebentar, alguns anos mais tarde, a segunda Intifada. Muitas empresas palestinianas faliram, mas a família Khoury, apesar das dificuldades e dos desafios constantes que tem de contornar, subsistiu e, hoje em dia, a sua cerveja vende-se tanto em território palestiniano como israelita e é até exportada para países estrangeiros como Alemanha ou Japão. Não percam esta peculiar história que despertou a atenção de meios de comunicação internacionais e que constituiu um exemplo de superação para a população palestiniana.
Quinta-feira 26, 23h
Sexta-feira 27, 7h/16h
